BANANA DA MADEIRA


 
 
Uma joia da “Pérola do Atlântico”
 
A Banana da Madeira é um símbolo desta Região Autónoma de Portugal. De cor amarela quando madura, distingue-se sobretudo pelo seu tamanho, muito mais pequeno que bananas de outras origens e pelo sabor, muito mais doce que os restantes.

Cultivada em sistema de monocultura, principalmente na costa Sul da Ilha da Madeira – a mais ensolarada – em altitudes inferiores a 200m, onde as condições climáticas são mais favoráveis, trata-se de uma produção de excelência e um alimento que quando amadurecido caracteriza a gastronomia madeirense e pelo seu aroma faz sucesso a acompanhar o típico peixe-espada preto da região, para além de se incluir noutros pratos locais, servir de base a licores ou, por si só, constituir um fruto completo, de fácil digestão, altamente nutritiva – sobretudo, rica em minerais, ferro, potássio, vitaminas A, C, B1, B2, e B5 e em fibras – que pode ser consumido em qualquer altura.

A produção de bananeiras na Ilha da Madeira dura cerca de 12 - 14 meses, desde o crescimento da planta em si até ao corte do cacho de bananas. Cada bananeira só dá um cacho, que em média pode pesar 40 a 50 kg. A altura ideal de cortar o cacho (ainda verde) é uma a duas semanas após a flor roxa que dá secar e cair - quando o agricultor corta o cacho de bananas, corta também a planta, que servirá de adubo natural ou para o gado. Seguidamente este é colocado à sombra para amadurecer e não prejudicar a qualidade do fruto. Entre Julho e Setembro a Banana da Madeira encontra-se na sua melhor forma, ainda que o tamanho característico desta qualidade de banana seja reduzido face a outras variedades do fruto, mas a sua polpa é mais consistente.
Os sacos azuis de plástico que por vezes se vêm a cobrir os cachos de banana são usados para o efeito de estufa e são só utilizados no Inverno, Primavera e Outono.
À volta da planta há vários rebentos mas permanecerá apenas o mais alto ou mais forte, que irá dar novo cacho de bananas, dando início a um novo ciclo.

A introdução deste fruto na Madeira data de meados do século XVI, mais propriamente em 1552, pelos marinheiros do Infante D. Henrique – sendo que a sua origem terá sido a China. No entanto, é no século XX, que ganha o seu maior esplendor mediático, quando começa a ser comercializada e exportada para o continente, e apesar de ainda não chegar com frequência aos mercados internacionais, já representa uma produção de 15.000 toneladas por ano e um crescimento de 7,6% ao ano, onde 20% são para consumo na região da Madeira e os restantes 80% são vendidos em Portugal Continental.

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