CARACOLETAS ASSADAS
Caracoletas
e caracóis, reis do Verão português.
Quando
o calor de Maio desponta e atinge o cume no Verão, as caracoletas (e os
caracóis, no geral) deixam de se alimentar porque os campos ficam secos e é
quando se encontram no ponto óptimo, em tamanho e em sabor, para se comer – a
partir de finais de Agosto, o molusco já começa a emagrecer. Então, nesta
altura a Caracoleta Assada torna-se pedido frequente em muitas esplanadas,
maioritariamente a sul do Mondego.
Sem lugar a meio termo, ou se gosta,
ou se detesta este petisco feito a partir da espécie de caracol terrestre, de
nome científico Helix Aspersa Lineu. Trata-se de um molusco gastrópode maior
que o caracol (e por essa razão, muitos dos que apreciam caracóis, não conseguem
comer caracoletas) e de cor castanha escura. Possuem elevado teor proteico, um
baixo nível de colesterol e são ricas em vitaminas, sais minerais e ferro.
Em
Portugal, as caracoletas encontram-se sobretudo nos jardins, hortas e pomares,
visto que se alimentam, principalmente, de diversos tipos de plantas. Preferem
ambientes de solo húmido, não encharcado.
Para
as cozinhar há que começar por lavá-las por várias águas. Só depois a cavidade
é passada por sal grosso e irão, vivas, à chapa bem quente. Apesar de o sal as
fazer recolher, o calor na casca faz com que tentem sair. Seguidamente viram-se
para assar por baixo, mas não muito, para não secarem. É comum acompanhar-se o
petisco com molho feito com base de manteiga, limão e mostarda.
O
hábito de se comer Caracoletas já virá da Pré-História, uma vez que foram
encontradas conchas de caracóis assadas em algumas escavações arqueológicas, o
que indica que desde os primórdios da humanidade, estes animais já serviam de
alimento ao homem.
O
“Escargot” francês não se assemelha á nossa Caracoleta Assada. Esta não é
recheada, come-se com o auxílio de um palito e não exige sobriedade no acto de
comer.
A caracoleta assada pode-se comer em qualquer altura? obrigado
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