PIPIS | PORTUGAL
“Os melhores petiscos são aqueles que não podem ser comprados - por muito dinheiro ou amor que se tenha - mas somente adquiridos por ter nascido e vivido num determinado lugar; por ser filho, sobrinho ou compadre de determinadas pessoas.”
[Miguel Esteves Cardoso]
Qualquer tasca
tradicional portuguesa que se preze tem na sua ementa o célebre petisco, Pipis.
Muito popular em
Lisboa, mas também apreciado no resto do país, em especial no Ribatejo e
Alentejo, a diferença entre os Pipis e as Moelas (também vulgares nos cardápios
das nossas tascas e para alguns, uma versão reduzida dos Pipis), é que aqueles
são confecionados com todas as miudezas do frango, não só as moelas, coração e
fígado, como também pescoços, asas e patas.
O nome escolhido de
norte a sul de Portugal, para esta iguaria, dever-se-á a uma infantilização do
nome dado aos galináceos, aliado ao facto de se tratar de um pequeno prato /
petisco e as partes utilizadas serem as miudezas.
Estas partes do
frango são cortadas e os Pipis são cozinhados na forma de refogado, onde se
inclui azeite, cebola, alho, louro, vinho branco (há quem substitua por
cerveja), tomate pelado ou em polpa, piripiri, sal. Por cima, azeitonas, salsa
e pickles picados. Costuma acompanhar com pão, de preferência regional, para
aproveitar o molho.
Trata-se de uma forma de os portugueses aproveitarem os “miúdos do frango” e os consumirem em qualquer época do ano, a propósito de um ou outro evento, ou a pretexto de uma petiscaria com amigos. O mote principal deste e de outros petiscos tradicionais para o povo português é o convívio.
Comentários
Enviar um comentário