TORRESMOS DO RISSOL | ALENTEJO

 

Torresmos do Rissol do Alentejo, um petisco típico da região, consistindo em pedaços crocantes de carne de porco, preparados com uma textura suculenta por dentro e estaladiços por fora, servidos como acompanhamento ideal em festas e celebrações, representando a rica gastronomia alentejana e a tradição dos sabores caseiros
Fotos: www.receitasdoalentejo.pt e www.porcopretoalentejano.pt


Durante a ocupação romana na região que hoje é o Alentejo, dizia-se acerca do porco:


“não há animal de onde se aproveitem tantas coisas que sirvam para satisfazer a gula, porque enquanto o porco tem cerca de cinquenta sabores diferentes os outros animais têm apenas um”.

(in: porcoalentejano.com)

 

Mais uma iguaria tradicional do Alentejo, região que nos seus montados mais acolhe a raça de porco preto e área geográfica de produção dos torresmos, por excelência, apesar de no Norte do país também se consumir, mas com o nome de “sainhas”.

Apreciados durante todo o ano, os Torresmos do Rissol são feitos a partir do rissol do suíno, ou seja, da gordura pegada ao intestino do animal e conhecida como o redenho. Esta operação era originalmente feita no dia da matança do porco, aquando da preparação das tripas para os enchidos.

O redenho começa por ser muito bem lavado, cortado em pequenos pedaços, colocado a fritar num tacho (preferencialmente, de barro) em lume de chão, de onde resulta uma cor acastanhada ou dourada e uma textura estaladiça. No final é prensado. Na confeção junta-se somente sal e borrifos de água. A gordura que resulta desta fritura é a banha, que fica guardada numa caixa para ser depois aproveitada noutras preparações, como por exemplo, na fritura de carnes.

Geralmente servidos como entrada ou como petisco, numa roda informal de amigos ou num restaurante, os Torresmos do Rissol são habitualmente consumidos frios, mas podem também ser degustados quentes, conforme o gosto de cada um.

Não confundir os Torresmos do Rissol com Couratos, estes feitos a partir do couro do animal. Da mesma forma, a “descendência” dos torresmos alentejanos no Brasil, ainda que com o mesmo nome próprio, já não é preparada desde o redenho, mas usando carne da barriga do porco a que se dá forma de rolo.

 


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