TROUXAS DA MALVEIRA



 "Coma trouxas... não seja trouxa/Delícia que nos encanta/Não se esqueça de levar/ Trouxas para aquela santa... sogra". [verso inscrito na parede da Fábrica das Trouxas da Malveira]



As Trouxas da Malveira são tortinhas de pão-de-ló leve polvilhadas de açúcar granulado, com recheio de doce de ovos, creme de baunilha e frutos secos moídos.

Com um processo de fabrico levado a cabo a partir da “sabedoria saloia” e mantido em segredo desde 1906, sabe-se que estes bolos são feitos a partir de ingredientes 100% naturais.

As Trouxas da Malveira constituem outro doce conventual, no caso mais uma herança do Convento de Odivelas, que no final do século XIX foi levada para a Malveira por duas senhoras que tinham trabalhado no referido convento das freiras da Ordem de Cister e assim empreenderam uma tradição conventual da doçaria da região saloia.

Inicialmente assumida como “tortas”, a partir dos anos 20 do século passado esta iguaria passou a designar-se de “trouxas”, numa alusão etnográfica às lavadeiras da Malveira.

Nessa altura, a época de ouro de procura das Trouxas da Malveira era o Carnaval, quando os desfiles de Torres Vedras atraíam muita gente que, pelo caminho, parava na Malveira, a ponto de os pasteleiros terem de começar a bater a massa três dias antes, logo pela madrugada, para que cada tabuleiro destes bolos pudesse ser retirado do forno de três em três minutos.

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