MEL DA TERRA QUENTE | Trás-os-Montes




Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, ao homem apenas restam quatro anos de vida. Não há abelhas, não há polinização, não há plantas, não há animais, não há homem.”
[Einstein]

Designa-se de Mel da Terra Quente o mel produzido na área geográfica circunscrita aos concelhos de Mirandela, Vila Flor, Moncorvo, Freixo de Espada a Cinta, Mogadouro, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Carrazeda de Anciães, Vila Nova de Foz Coa e Valpaços.
Trata-se de um tipo de mel produzido em terrenos incultos, a partir das flores da flora característica da região, onde predomina o rosmaninho (mais de 15%), a urze e a soagem. Contudo, não chega a receber a designação de “mel de rosmaninho” porque não possui mais de 35% do pólen desta planta. Os apiários não podem estar a menos de 1000 metros das áreas de produção florestal de eucalipto e não é permitida a transumância das abelhas para fora da região.
Com aroma e sabor característicos devido ao pólen de rosmaninho, muito utilizado na culinária e doçaria dos concelhos de Mogadouro e Torre de Moncorvo, apresenta uma coloração âmbar-claro – por oposição à outra variedade de mel de Trás-os-Montes, o da Terra Fria, que é mais escuro, mais intenso, dada a sua predominância de castanheiro e carvalho.
Os cerca de 500 produtores actualmente registados, que produzem anualmente cerca de 400 toneladas do produto, realizam a cresta entre 1 de Julho e 1 de Setembro, preferencialmente através do sistema de pressão de ar ou pelo sistema tradicional de escova das abelhas. Em todas as fases de extração e decantação do mel, a temperatura não pode exceder os 45ºC.
Comercialmente, o Mel da Terra Quente apresenta-se em estado fluído ou sólido, sob a forma de mel centrifugado ou mel em favos, devidamente identificado e embalado em frascos de vidro.

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