QUEIJADAS DA GRACIOSA | Açores
“Muitas vezes a
verdadeira ilha Graciosa tem aparecido a quem tem o poder de ver ilhas
encantadas (…)”
[lenda: A Ladeira e a Graciosa Encantada]
Doce
regional da Ilha Graciosa, nos Açores, em forma de estrela, o recheio destas
queijadas é feito com açúcar, leite, gemas de ovos, manteiga, canela em pó e a
massa (tenra e estaladiça) com farinha, água, sal e manteiga. Mais uma perdição
da nossa doçaria, sobretudo quando comida pouco depois de ter saído do forno e
o seu creme ainda apresenta uma consistência pegajosa.
As
Queijadas da Graciosa (ou Covilhetes de Leite) ultrapassam a ilha que as viu
nascer e constituem um dos doces mais conhecidos em todo o arquipélago.
Divulgadas e apreciadas por muitos açorianos e também por continentais e
madeirenses, além dos visitantes, a produção deste doce, que começou por ser de
confeção caseira e dominada pelas donas de casa da Graciosa, por ocasião de
reuniões ou festas familiares, passou a cingir-se à freguesia de São Mateus
(Vila da Praia), pelo que ganharam também o cognome de “Queijadas da Praia”.
O
fabrico artesanal centenário das Queijadas da Graciosa é hoje perpetuado pela
família de Maria de Jesus Bettencourt Félix, na Vila da Praia. As verdadeiras
queijadas constituem já um “Produto Açoriano de Qualidade” – certificado
atribuído pelo Concelho Mundial das Casas dos Açores – além da mais-valia
económica que trazem à ilha, uma vez que cerca de 85% da produção desta iguaria
é comercializada fora da ilha Graciosa.
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