AZEITE DE TRÁS-OS-MONTES




 “...e muito pouco há que ali se plantaram as primeiras oliveiras, e agora há muito azeite na terra.”
[João de Barros, “Geografia” – sobre a olivicultura em Mirandela]


O Azeite de Trás-os-Montes é mais uma qualidade de azeite português com Denominação de Origem Protegida (DOP), com área geográfica de produção circunscrita aos concelhos de Mirandela, Vila Flor, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Vila Nova de Foz Côa, Carrazeda de Ansiães e às freguesias de Sonim, Barreiros, Santa Valha, Vilarandelo, Fornos do Pinhal, Possacos, Valpaços, Vassal, Santiago da Ribeira, Algeriz, Sanfins, Rio Torto, Água Revés e Castro, Santa Maria de Émeres, Canavezes e São Pedro de Veiga de Lila do concelho de Valpaços; às freguesias de Vales, Palheiros, Murça, Noura e Candedo, do concelho de Murça; às freguesias de Lousa, Cabeça Boa, Castedo, Horta da Vilariça, Adeganha, Torre de Moncorvo, Cardanha, Larinho, Felgueiras, Felgar e Souto da Velna, do concelho de Moncorvo; às freguesias de Valverde, Paradela, Mogadouro, Brunhoso, Castro Vicente, Vale da Madre Remondes, Soutelo e Azinhoso, do concelho do Mogadouro; à freguesia de Santulhão do concelho de Vimioso e às freguesias de Izeda e Macedo de Mato do concelho de Bragança.
Avaliado como um azeite equilibrado, com aroma e sabor a fruto fresco, amendoado e coloração amarelo esverdeado, o Azeite de Trás-os-Montes possui uma classificação genérica oficial de Virgem e Virgem Extra a que corresponde uma acidez baixa a muito baixa.
As azeitonas utilizadas na sua produção são Verdeal Transmontana, Madural, Cobrançosa e Cordovil. Estas são logo laboradas no dia da colheita, controlando-se as temperaturas e identificando-se e diferenciando-se a qualidade dos diferentes lotes. Existe um Painel de Provadores de Azeite de Trás-os-Montes que garante os lotes de qualidade superior.
Dada a sua qualidade, aconselha-se a utilização do Azeite de Trás-os-Montes em cru, no tempero de saladas ou de pratos principais, ou como ingrediente de (outras) iguarias da gastronomia transmontana.
Este azeite é conhecido desde tempos imemoriais, sendo que a plantação de olivais em Mirandela deverá datar da primeira metade do século XVI. Em 1903 um azeite desta região foi medalha de prata na Exposição Agrícola. Em 2010 alguns lotes e marcas de Azeite de Trás-os-Montes têm vindo a obter excelentes resultados em vários continentes, nomeadamente, medalhas de prata no “Los Angeles International Olive Oil Competition 2010” e no “Primo Campionato del Mondo Olio Extravergine di Oliva – Expo Shanghai 2010”. Em 2011, medalha de prata no “Los Angeles International Olive Oil Competition 2011” e em 2012, medalha de ouro no “International Olive Oil Competition China 2012” e “prestige gold” no “Olive Oil Competition Jerusalem, Israel 2012”, entre outras medalhas de ouro, prata e menções honrosas, ao longo destes três últimos anos, na Feira Nacional de Agricultura do Ribatejo (Santarém), na Ovibeja (Beja) e na Olivomoura (Moura).

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