QUEIJO RABAÇAL



“Ser um louvor ao deleitável Queijo do Rabaçal, elemento diferenciador da cultura local”
[objectivo formulado pela Câmara Municipal de Penela, face ao evento Mercado Queijo do Rabaçal e dos Romanos]

A freguesia do Rabaçal, concelho de Penela, distrito de Coimbra, produz um dos produtos portugueses mais conhecidos e com Denominação de Origem Protegida (DOP), o Queijo Rabaçal.
Contudo, para além de Rabaçal, a área geográfica de produção desta iguaria estende-se às freguesias de Condeixa-a-Velha, Ega, Furadouro, Vila Seca e Zambujal do concelho de Condeixa-a-Nova, às freguesias de Cumieira, Espinhal, Santa Eufémia e S. Miguel de Penela e Podentes do concelho de Penela, às freguesias de Degrácias, Pombalinho e Tapeus do concelho de Soure, às freguesias de Almoster, Alvaiázere, Maçãs de Caminho, Maçãs de Dona Maria, Pelmá, Pussos (Loureira), Rego da Murta (Relvas e Ramalhal) do concelho de Alvaiázere, às freguesias de Alvorge, Ansião, Avelar, Chão de Couce, Lagarteira, Pousaflores, Santiago da Guarda e Torre de Vale Todos do concelho de Ansião e às freguesias de Abiul, Pelariga, Pombal, Redinha e Vila Chã do concelho de Pombal.
O Queijo Rabaçal, fabricado por coagulação do leite de ovelha e de cabra, com esgotamento por ação de coalho animal, é um queijo curado, semiduro, com escassos ou nenhuns olhos na pasta uniforme de cor esbranquiçada ou ligeiramente amarelada. Mantendo-se a forma tradicional de fabrico, depois de salgados os queijos são lavados dia sim dia não, durante alguns dias, seguindo-se um período de cura mínimo de 20 dias.
Este queijo apresenta-se em formato cilíndrico, com 10 a 20 cm de diâmetro e peso compreendido entre as 300 e as 500 gr, de cor branco amarelado a amarelo palha.
Pode ser consumido como entrada, sobremesa ou como refeição ligeira e em algumas localidades da região é possível adquirir e provar este queijo fresco, antes do processo de cura. Trata-se de um alimento rico em gordura (teor de 45%), proteína, ácidos aminados, ácidos orgânicos, cloro, sódio, cálcio, fósforo e vitaminas A, B2 e B1. Possui um sabor e aroma diferenciados de outros queijos, suave e limpo, para os quais muito contribuem as pastagens de erva-de-santa-maria (tomilhinha) características da Serra de Sicó.
O lugar de Rabaçal e este laticínio já era referido no Foral de 1516, nas memórias paroquiais de 1758 e nas posturas municipais datadas de 1838, no reinado de D. Maria II. Como curiosidade histórica, no século XVIII, Antão Senhor do Rabaçal, Duque do Cadaval, recomendava ao seu foreiro que lhe enviasse (para Lisboa?) “uns queijinhos do Rabaçal”.
Saliente-se ainda que hoje em dia realiza-se anualmente, no mês de Maio, a Feira do Queijo Rabaçal, rotativamente entre os concelhos da área geográfica de produção desta iguaria.

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