VINHO VERDE ALVARINHO | ALTO MINHO

Criado por homens que amam o culto da vinha e a excelência do vinho, assim é o Alvarinho

 
Vinho “Verde”, porquê? Desde o século XIX que os vinhos se chamavam Verdes por serem feitos de uvas não tão maduras quanto as de outras regiões vinícolas nacionais, dada a conjugação do clima e das antigas técnicas de viticultura locais (vinhas exuberantes, conduzidas em altura e profusamente regadas pela água das hortas) que condicionam a maturação das uvas. Ou seja, esses vinhos chamaram-se Verdes porque eram efectivamente feitos de uvas verdes. Tanto que, a legislação vitivinícola portuguesa de 1946 dividia os vinhos nacionais, precisamente, entre "verdes" e "maduros". Segundo a mesma legislação, os Verdes deveriam ter entre 8º e 11,5º de teor alcoólico (com excepção do Alvarinho que teria entre 11,5º e 13º).





O facto de este vinho ser típico e exclusivo da região do Minho, entre os rios Minho e Douro torna-o leve, refrescante, ligeiramente frisante e de baixo teor alcoólico, feito para ser bebido jovem.

“Alvarinho” constitui a variedade de uva. Por muitos considerada a melhor uva para produzir vinho verde, o Vinho Alvarinho é, como tal, conhecido na região como o “Rei dos Vinhos Verdes”. A casta Alvarinho é considerada, por muitos, a melhor casta branca enxertada nas vinhas portuguesas. A sua raridade, a baixa produção e, principalmente, o facto de dar origem a vinhos únicos em termos de aroma e sabor, leva a que as uvas Alvarinho sejam as mais valiosas e bem pagas de todo o País e com grande capacidade de concorrência nos mercados nacionais e internacionais.

A uva Alvarinho cresce na sub-região de Monção (embora também se cultive na Galiza), sendo a produção muito pequena, o que torna este tipo de vinho verde único. O micro-clima especial, com exposição atlântica, elevada pluviosidade, humidade atmosférica, temperatura amena e pequenas amplitudes térmicas, bem como a seleção criteriosa do melhor estado de maturação das uvas (colhidas no momento certo), aliado a tecnologias de fermentação contribuem para a qualidade destas uvas.

Únicos no mundo, a grande parte dos vinhos Alvarinho são consumidos ainda jovens, realçando toda a frescura e o carácter da casta. É um Vinho Verde branco, de paladar fresco, de cor citrina e de aroma delicado. Recomenda-se que seja bebido fresco, a uma temperatura entre 10º e 12º C., arrefecido lentamente para que conserve o aroma e servido de preferência em “frappé”, com garrafa aberta vinte a trinta minutos antes de ser consumido. Excelente para aperitivo, acompanha muito bem mariscos e peixes de sabor intenso ou ainda peixes gordos assados no forno.

Existem referências ao incremento da cultura da vinha a partir dos séculos XII – XIII, por iniciativa das corporações religiosas e da contribuição da Coroa, altura em que o vinho entrou nos hábitos das populações de Entre-Douro-e-Minho. Posteriormente, terão sido os Vinhos Verdes desta região os primeiros vinhos portugueses conhecidos no mercado europeu (Inglaterra, Flandres, Alemanha). Por decreto-lei datado de 1973 reservou-se a designação Alvarinho, ao vinho verde produzido apenas na sub-região de Monção, concelhos de Monção e Melgaço, em terrenos de meia encosta, da bacia hidrográfica do rio Minho, obtido pela produção e transformação de uma única casta de uva branca assim designada. Actualmente o Vinho Alvarinho apresenta Rota própria, implementada pela Câmara Municipal de Melgaço e por diversos agentes locais.

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