MOSCATEL DE SETÚBAL
“Moscatel de Setúbal, o príncipe dos
moscatéis” [José A. Salvador]
O
Moscatel de Setúbal, de Denominação de Origem Controlada (DOC) há mais de uma
centena de anos, que abrange os concelhos de Palmela, Setúbal e parte da
freguesia de Nossa Senhora do Castelo, do concelho de Sesimbra, onde os solos
são arenosos (Palmela) e argilo-calcários (Arrábida), com clima sub-tropical e
mediterrânico, influenciado pela proximidade do mar e dos rios Tejo e Sado é um
vinho generoso, o mais emblemático da região, produzido a partir de, pelo
menos, 67% de mosto proveniente de castas moscatel (valor que sobe para 85%
para a produção de moscatel roxo).
Este
licoroso, de graduação entre 17º e 18º possui cor que varia entre o topázio
claro ao topázio queimado, aroma perfumado com notas de flor de laranjeira,
mel, tâmaras e laranja e tem sabor adocicado, após estagiar quatro anos em
barris de 180 litros.
Existem
dois tipos de vinho Moscatel de Setúbal: o branco (da casta branca Moscatel de
Setúbal / Moscatel Graúdo) e o roxo (da casta tinta Moscatel Galego Roxo), de
produção mais limitada e como tal, mais raro – de cor ligeiramente rosada e com
aromas que se identificam com rosas, muito mais ricos e complexos. Estas uvas
moscatel são vindimadas bem maduras (numa riqueza de açúcar correspondente a 12
a 13% de álcool potencial), sendo a fermentação interrompida com adição de
aguardente.
No geral,
ideal para um convívio entre amigos, em novo, o Moscatel de Setúbal deve ser
apreciado como aperitivo e levemente fresco enquanto os velhos servem-se
sobretudo à sobremesa.
Um
Moscatel de Setúbal – Reserva 2006 foi distinguido em 2011 como o melhor do
mundo, entre 210 moscatéis representantes de 23 países, inscritos no concurso
francês especializado nesta única casta, “Muscats du Monde”, que desde 2000 se
realiza em Montpellier.
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