ALETRIA


 

O cabelo de anjo na mesa de Natal

 
A palavra “aletria” tem origem árabe (al-irtiâ) e significa massa ou fios.

Em Portugal e em particular no norte do país, é um doce servido no Natal, para muitos como alternativa ao arroz-doce, e a tradição vai ao pormenor da decoração com a canela, num traço artístico (há quem lhe chame, a “canelografia”!) que traduz desejos, sentimentos, símbolos.

Crê-se que a Aletria tenha origem na história mourisca da Península Ibérica. Inclusivamente, há uma referência à “alatria”, datada do século XIV, em duas receitas de origem árabe, em que numa delas a aletria era cozinhada em leite de amêndoas e mel.

Por cá, este doce de Aletria pode ser confecionado com ou sem leite e de consistência mais ou menos seca, conforme o gosto e as regiões. Por exemplo, nas Beiras a Aletria serve-se mais compacta, ao passo que no Minho costuma ser mais cremosa.

  

Aletria


2 l de água

2 colheres de sopa de manteiga

2 paus de canela

1 casca de laranja

200 gr de açúcar

Sal

500 gr de aletria

4 gemas

Canela em pó

Leva-se a água ao lume com a manteiga, os paus de canela, a casca de laranja, o açúcar e o sal. Estando a água a ferver junta-se a aletria que se deixa cozer, mas não em demasia. Retira-se então do lume e juntam-se as gemas, indo novamente a lume brando, apenas para engrossar um pouco. Deita-se a aletria em travessas e enfeita-se com canela em pó.

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