RABANADAS
As
Rabanadas fazem parte de muitas mesas de Natal em Portugal.
Associadas
ao Norte do país, abaixo do rio Mondego as Rabanadas também ficaram conhecidas
por “Fatias Douradas” ou “Fatias Paridas” (designação alusiva ao momento do
nascimento).
Existem
diversas variações desta iguaria natalícia, desde o tipo de pão a utilizar (pão
de forma feito a partir de farinha refinada), embora a receita tradicional
refira o pão de trigo em forma de cacete como o mais indicado. Outras variantes
substituem o polvilhado de açúcar e canela por calda de açúcar, mel, vinho ou
por fios de ovos…
Escritos
do século XV já faziam referência às Rabanadas como iguaria indicada para
recuperar de partos – explicação que afinal faz todo o sentido ser aproveitada
nesta quadra que se celebra todos os anos. Outra justificação para o
aparecimento das Rabanadas na ementa de Natal prende-se com o reaproveitamento
do pão, um ingrediente sagrado para os católicos por representar o corpo de
Cristo. A introdução dos ovos na receita ter-se-á devido à necessidade de
transformar esse pão velho em alimento com proteínas.
Receita de Rabanadas
1 cacete com 5 dias
1 l de leite
5 dl de água
8 ovos
5 colheres de sopa de
açúcar
Azeite ou Óleo para
fritar
Açúcar e canela para
polvilhar
Corta-se o cacete em
fatias com um dedo de espessura. Ferve-se o leite, junta-se-lhe cerca de metade
do seu volume de água e adoça-se com o açúcar.
Passam-se as rabanadas pelo leite, imediatamente
pelos ovos batidos e depois fritam-se no azeite ou no óleo bem quente.
Escorrem-se e colocam-se numa travessa, polvilhando-se, em seguida, com açúcar
e canela.
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