CALDO VERDE

 

“… bem quente, para limpar e acalmar as entranhas...”
 

O Caldo Verde é uma sopa típica do Norte de Portugal, especificamente, do Minho, mas por ser muito divulgada por todo o país será, provavelmente, a mais famosa sopa portuguesa. De cor predominantemente esverdeada, é feita com couve galega cortada em tiras bastante finas, batata, cebola, dentes de alho, azeite, sal e, claro está, água. Para uma degustação mais típica, não é aconselhável usar-se a varinha mágica na sua confeção, para se manter alguma aspereza que advém da batata e serve-se em tijela (idealmente de barro) com uma rodela de chouriço cozido e acompanhada de broa de milho.

Serve de início de refeição ou em ceia – muito em voga nas ceias das festas de casamento! Por cada 100 gr desta sopa consomem-se cerca de 42 calorias e há quem defenda que previne o cancro, ataques cardíacos, reduz o colesterol, evita pedras na vesícula e faz com que os intestinos funcionem melhor.

Apesar de todos estes benefícios, o Caldo Verde não deixa de ser um prato simples, com ingredientes baratos, que surgiu a partir dos produtos que estavam “à mão” na horta. Efectivamente, a couve galega, uma cultura muito fértil, sempre fez parte da paisagem rural da região minhota e desde cedo foi aproveitada para “dar forças” a quem ia trabalhar para os campos. No entanto, esta sopa rapidamente passou a fazer parte das saborosas recordações dos portugueses, em geral.
 
 
... e no final de um dia chuvoso e ventoso, como o de hoje na região de Lisboa, chegar a casa e comer um caldo verde quentinho, é dos melhores aconchegos!

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