DOM RODRIGOS | ALGARVE




“(…) Em vias-lácteas de perfume brando,
Oiço-vos bem a sinfonia estranha,
- Porque, amendoeiras, vós estais cantando
…”
[Cândido Guerreiro, “Amendoeiras”]


Para além de tradicionais, são reis do Algarve. Os Dom Rodrigos são doces de base conventual, feitos de fios de ovos, miolo de amêndoa ralada (ingrediente tão característico da doçaria algarvia e marca da passagem árabe pela região), açúcar, água, gemas e canela.
Os Dom Rodrigos Identificam-se facilmente pelas folhas coloridas de papel metalizado que envolvem esta combinação de fios de ovos com doce de amêndoa em forma de pirâmide tosca.
Consumidos tanto em ocasiões festivas da região como durante todo o ano, encontram-se facilmente nas pastelarias algarvias.
A lenda revela que o doce Dom Rodrigo foi criado no Convento das Carmelitas de Lagos. Segundo a “Lenda da galanteria de D. Rodrigo”, vivia-se no reinado de D. Afonso III e o nome deste doce é uma honra ao seu homónimo, Dom Rodrigo, cavaleiro que servia o rei. Dom Rodrigo de Mascarenhas ajudou um prisioneiro a casar com a sua amada, um amor proibido cujo casamento se deveu à benevolência deste benfeitor, que libertou o jovem apaixonado com honras, por se ter demonstrado destemido e ter desposado tão bela rapariga. Foi assim que o Convento que viu nascer o bondoso e galanteador Dom Rodrigo, deu “vida” aos “Dom Rodrigos”.

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