REBUÇADOS DOS ARCOS | ARCOS DE VALDEVEZ, MINHO
“Baratos e grandes – para durar boa parte da tarde de romaria.”
[Gonçalo Pimenta Castro, sobre os Rebuçados dos Arcos]
Os
Rebuçados do Senhor, que se tornaram mais conhecidos por Rebuçados dos Arcos,
por serem fabricados em Arco de Valdevez, são confecionados só na altura da
Quaresma, pelas próprias vendedeiras.
Tradicionalmente
podem encontrar-se à porta das igrejas, onde está exposto o Santíssimo
Sacramento, mas também em pastelarias locais. Estes rebuçados são preparados a
partir de uma calda de açúcar, levada a ponto dourado e depois são moldados em
forma de uma vara ou cilindro cortada em pedaços de cerca de 3 cm de
comprimento. Apresentam-se embrulhados em papel de seda colorido (mas não em
tons escuros) e são vendidos à unidade.
Atestando a origem
popular deste doce, reza assim a história da origem dos Rebuçados dos Arcos,
contada por Gonçalo Pimenta Castro: “A «Confeitaria
dos Frutuosos» situava-se na Travessa da Praça. Francisco Pereira da Silva casou
com uma jovem da Casa da Pousada (Rio de Moinhos) e ficaram a morar na casa do
noivo, onde hoje é a residência Paroquial de Arcos de Valdevez. Tiverem três
filhas, Teresa, Dores e Maria-José que ficaram solteiras, a tratar dos pais e
do comércio. Aí fabricavam os doces de Romaria, as grades, os cavalos com pena colorida na
cabeça, roscas e rosquilhos, confeitos coloridos para os casamentos e os celebres
rebuçados dos Arcos. Os pais morreram, as meninas tornaram-se simpáticas
velhotas e o negócio com o segredo dos rebuçados passou para os Irmãos Galvão
da Doçaria Central.”
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