FEIJOADA À TRANSMONTANA | TRÁS-OS-MONTES




“O Carnaval é uma festa especial em Vínhais quer para a juventude, quer para os menos jovens que ainda gostam de folia! Sem qualquer dúvida uma das etapas que agrada a uns e outros é a de Domingo Gordo! É que nesse dia há refeição melhorada, com toda a espécie de carnes de porco (…)”
[in: Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, Vol. III]


Prato muito conhecido por todo o país, a Feijoada à Transmontana pode ser confecionada tanto com feijão encarnado como com feijão branco (neste caso, Feijoada do Barroso). Para além deste ingrediente principal, na região que lhe dá o nome acrescenta-se orelha, focinho e pé de porco, linguiça, salpicão, presunto, azeite, cebola, salsa, louro, alho, pimenta branca, malagueta e colorau, cravinho e sal, além de couve tronchuda ou lombarda, cortada às tiras.
Em Valpaços, a Feijoada é um prato indispensável no almoço de Domingo Gordo (Carnaval). Habitualmente começa a ser preparada de manhã, muito cedo, para cozer, apurar lentamente, ser retirada do lume e reaquecida antes de se servir, pois assim fica mais saborosa. Na região costuma acompanha-se com arroz branco bem seco e solto.
Crê-se que a Feijoada à Transmontana terá tido origem na freguesia de Candedo, concelho de Vinhais, onde a carne de suíno era sobretudo consumida pelas populações mais pobres e as “cascas”, um feijão colhido ainda em vagem, típico desta Terra Fria transmontana, compunham as refeições dos dias de Inverno (em arroz ou juntamente com a carne de fumeiro e um bocado de presunto) ou os petiscos do Entrudo.

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