VINHOS DE PALMELA




“(…) Brasão de uvas douradas e divinas
Pisadas na Festa das Vindimas
Mosto fermentado com o suor(…)”
[Maria Fernanda Reis Esteves]


A área geográfica correspondente à Denominação de Origem "Palmela" abrange os concelhos do Montijo, Palmela, Setúbal e parte da freguesia de Nossa Senhora do Castelo, do concelho de Sesimbra, inserindo-se na região vitivinícola da Península de Setúbal, que compreende duas Denominações de Origem: Palmela e Setúbal. Da rota dos Vinhos de Palmela fazem ainda parte dez adegas
A fama desta região deve-se às várias castas existentes, com as tintas a ocuparem cerca de 80% do encepamento total, nas quais a Castelão Francês (conhecida por “Periquita”) predomina há mais de 150 anos, com produção de um vinho encorpado. Curiosamente, a casta “Periquita” (casta tinta Castelão, predominante na zona) ficou assim popularizada por constituir o nome do mais antigo vinho de mesa português. Entre as brancas destacam-se as castas Fernão Pires e Tamarez, que produzem vinhos frutados, além de serem também característicos da região os jovens rosés e o moscatel.
Desde os tempos mais remotos que se pratica aqui a cultura da vinha, por a região de Palmela reunir as condições adequadas de solo e clima para a produção de grande variedade de vinhos. Tratando-se de uma região pioneira na elaboração de produtos vinícolas, a cultura de vinha na Península de Setúbal remonta à época dos Fenícios e dos Gregos, tendo conhecido um incremento durante os séculos de ocupação árabe. A tradição vitivinícola é confirmada por diversas referências históricas ao vinho da região, como a que consta no primeiro foral de Palmela, atribuído em 1185 por D. Afonso Henriques.
Em 2012 Palmela foi eleita a Cidade Europeia do Vinho - símbolo do desenvolvimento vitivinícola europeu - pela RECEVIN, a Rede Europeia de Cidades do Vinho, sendo que, em 2009 já tinha obtido um título de Cidade do Vinho.

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