CLARINHAS DE FÃO


 
A gila como ícone da doçaria fangueira, que tem a clarinha como grande cartão de visita da região.
(Jornal "Correio do Minho", 23.11.2012) 

Confecionadas à base de gila, gemas de ovos, sumo de limão e açúcar em massa tenra, as Clarinhas de Fão não se querem douradas como um pastel de massa tenra, mas sim, clarinhas!

Marco gastronómico da vila de Fão, pertencente ao concelho de Esposende, os apreciadores defendem que as Clarinhas de Fão são boas quentes, mornas, frias, desde que a massa exterior seja bem fina e estaladiça.

As Clarinhas de Fão, que atravessaram gerações e famílias, serão herdeiras dos “pastéis de gila” do Convento do Menino Jesus, em Barcelos. Já em finais do século XIX estes “pastéis de gila” tinham fama, mas foi todavia no início do século XX que os jornais da região os descrevem como “únicos e distintos”, cuja fórmula criada por Amália e Rosália Freitas, duas de quatro irmãs que teriam vivido com uma avó de nome Clara e por essa razão eram conhecidas como “as Clarinhas”. Em 1947 é registado o nome da marca “Clarinhas”, em homenagem a uma das sócias e ao aspecto do pastel, proporcionado pelo açúcar branco que o cobre. O segredo da receita original manteve-se na família e actualmente os bisnetos registaram o doce “Pastéis de Lili”, com a mesma autenticidade de fabrico, numa homenagem à mãe (neta e sobrinha das doceiras iniciais), D. Lili, os quais podem ser encontrados à venda em Esposende. Já as Clarinhas de Fão continuam a ser comercializadas no centro antigo de Fão.

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