PASTEL DE NATA
“(…) o folhado estala entre os dedos, e sentes na sobreposição
dos ingredientes a duplicidade infinita de matéria do mundo.”
(Eduardo Prado Coelho sobre o Pastel de Nata)
O Pastel
de Nata é das mais populares iguarias da doçaria nacional e talvez a mais
conhecida além - fronteiras.
Com as
suas 298 kcal / 100 g de massa folhada, açúcar, gema de ovo, leite, nata,
farinha de trigo, pau de canela, é considerado dos bolos com menor valor
calórico – mas contrariamente ao que muitos pensarão, não o que tem menos
calorias da pastelaria portuguesa, já que esse lugar é ocupado pela tarte de
maçã.
Embora
semelhantes no aspecto e com uma história comum, o Pastel de Nata não se
confunde com o Pastel de Belém, sobretudo no sabor.
A
origem do Pastel de Nata nem sempre tem gerado consenso. Existem registos da
receita no Convento de Santa Catarina de Sena, em Évora, no Mosteiro de Arouca,
outros datam-no de 1837, em Belém, quando monges do Mosteiro dos Jerónimos
tentavam fazer subsistir a Ordem vendendo pastéis de nata numa confeitaria
junto ao mosteiro. Esta receita manteve-se secreta até aos dias de hoje, denominando-se
“Pastéis de Belém”, mas como a fama logo se espalhou por Lisboa, outros cafés e
pastelarias passaram a produzir o que pode ser uma variedade destes pastéis e tal
“cópia” terá passado a constituir um dos símbolos da cultura gastronómica portuguesa.
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