PERA ROCHA DO OESTE


 

Pera Rocha, um dos sectores exportadores mais importantes da região Oeste (cmjornal, 18.VI.2011)

 

A Pera Rocha do Oeste é um fruto oval entre 55 – 65 mm de tamanho, de cor amarela a verde clara, casca fina e lisa, cuja polpa é branca, a textura rija, firme e granulada, sumarenta e de sabor doce.

Ainda que a produção de Pera Rocha se concentre maioritariamente nos concelhos do Cadaval e do Bombarral, na região Oeste de Portugal, a restante área de produção mais significativa estende-se a Sintra (de onde será originário este fruto), Torres Vedras, Caldas da Rainha, Alcobaça, Lourinhã, Óbidos e Mafra.

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto Politécnico de Santarém concluíram que, entre algumas variedades de pera, a Pera Rocha possui uma importante capacidade antioxidante, além de ter maiores níveis de outros compostos químicos reativos contra os radicais livres implicados na deterioração do DNA e no cancro.

Colhida em Agosto e com um período de venda que decorre até finais de Maio (entre Junho e início de Agosto, não se encontra disponível no mercado), a Pera Rocha do Oeste pode ser consumida entre refeições e / ou como sobremesa, simples ou como ingrediente em doçaria, em conserva, saladas, iogurtes, com ou sem casca. Pode igualmente ser bebida através de néctares, sumos ou mesmo em licor de Pera Rocha do Oeste.

Cerca de 70% da produção de Pera Rocha do Oeste é consumida no mercado nacional. Os principais países importadores deste fruto são a Inglaterra e o Brasil, vendendo-se também na Irlanda, França, Canadá, Rússia, Polónia, Bélgica.

A história mais contada sobre a origem da variedade desta pera remonta a 1836, ano em que foi identificada no concelho de Sintra, na propriedade do Sr. Pedro António Rocha, uma pereira diferente, com frutos de qualidade invulgar. A fama ter-se-á espalhado e na região Oeste foram-se enxertando árvores a partir da original, tornando-se o produto conhecido como “Pera Rocha” (apelido do proprietário da árvore). A exportação ter-se-á também iniciado no século XIX mas o maior incremento deu-se a partir da campanha de 1991.

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